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As perdas totais de energia no Brasil ao longo de 2024 somaram R$ 21,5 bilhões. Desse valor, R$ 11,2 bilhões são de perdas técnicas e a parcela de R$ 10,3 bilhões representam as perdas comerciais, conhecidas também como perdas não técnicas ou gatos. Os dados constam do relatório anual que a Agência Nacional de Energia Elétrica divulgou nesta sexta-feira, 13 de junho, e que está disponível para .
A maior participação entre as distribuidoras está na Light, do Rio de Janeiro, que representa quase 22% do volume de perdas comerciais da baixa tensão no país. Em seguida vem a Amazonas Energia com pouco mais de 12% e em terceiro a Enel SP com pouco mais de 7%. No geral, as 10 distribuidoras com maiores montantes de perdas em 2024 respondem por 74% das perdas não técnicas do Brasil.
A Aneel lembra que as perdas não técnicas têm origem principalmente nos furtos (ligação clandestina, desvio direto da rede), fraudes (adulterações no medidor ou desvios), erros de leitura, medição e faturamento. Esses volumes estão associados à gestão da concessionária e às características socioeconômicas das áreas de concessão.
As concessionárias de grande porte, cujo mercado é maior do que 700 GWh, são responsáveis por quase a totalidade dos montantes das perdas não técnicas no Brasil devido ao tamanho do mercado e à maior complexidade de se combater as perdas.
Do custo aproximado das perdas técnicas, obtido pela multiplicação dos montantes pelo preço médio da energia nos processos tarifários em 2024, sem considerar tributos, teve reconhecimento tarifário das perdas na rede básica de cerca de R$ 1,5 bilhão nos processos tarifários de 2024.
Apesar da liderança em perdas não técnicas estar com a Light, a região que apresenta maior nível de desvios – medido pelo indicador Perdas Não Técnicas Reais – é o Norte com 19,5%. Esse indicador é quase o dobro das perdas técnicas que é de pouco mais de 10%. Outra região que apresenta um comportamento semelhante, com quase mesmo nível entre os dois indicadores é o Sudeste com 6,6% nas perdas reais ante 6,2% das perdas técnicas.
No geral, as perdas totais sobre a energia injetada representam cerca de 14% da energia injetada em 2024, sendo aproximadamente 7,4% (44,6 TWh) de perdas técnicas e 6,6% (40,2 TWh)
de perdas não técnicas. Apesar das variações anuais, desde 2008 o histórico mostra uma tendência de crescimento nesse horizonte de tempo considerado em TWh. No ano ado foram 84,8 TWh enquanto em 2008 ficou em 55,7 TWh.
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