Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos s
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu e tenha o:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Em um sobre geopolítica e transição energética realizado durante o Enase 2025, especialistas debateram os desafios que o Brasil e o mundo enfrentam diante da crescente instabilidade internacional. O diretor da Eurasia Group Brasil, Silvio Cascione, trouxe uma análise sobre como a fragmentação política global afeta as perspectivas energéticas.

“Estamos vivendo um momento perigoso de fragmentação política e rivalidade entre grandes potências que não terá solução rápida”, alertou o Cascione. Segundo ele, a estrutura de governança global vem se deteriorando, e não há nenhum grupo ou país que consiga impor hegemonia em todas as dimensões para atacar problemas globais.

Segundo o executivo, essa realidade de fragmentação de poder vem se construindo há anos e vai além das teorias tradicionais das relações internacionais. Contrariando a visão realista de que a ascensão da China inevitavelmente levaria ao confronto, ele apontou que a instabilidade atual tem origem dentro do próprio sistema ocidental.

“Os Estados Unidos, principais arquitetos da ordem internacional das últimas décadas, são os mesmos que vêm tomando decisões para enfraquecer esse sistema”, explicou. “A globalização beneficiou o capital norte-americano, mas o trabalhador comum não compartilha dessa percepção positiva”, explicou.

O especialista destacou o crescimento de movimentos nacionalistas e ideias que privilegiam a competição em detrimento da cooperação, criando um ambiente de alta polarização. As redes sociais, segundo ele, contribuem para intensificar esse ecossistema de divisão.

Para o setor energético, esse cenário representa uma fonte significativa de instabilidade. O palestrante citou como exemplo a Europa que, após a guerra na Ucrânia, precisou reajustar suas prioridades para garantir o abastecimento energético de suas economias.

“Vivemos um quadro de instabilidade que leva a crises geopolíticas e conflitos. Já existem focos de tensão no mundo hoje, e há preocupação com uma possível escalada nos próximos anos”, concluiu o especialista, ressaltando os impactos dessas dinâmicas para o setor energético global e brasileiro.